Informação sobre cistite, causas, sintomas e tratamento da cistite, identificando formas de a diagnosticar e procedimentos para a sua cura.


Cistite recorrente em grávidas

A infecção do trato urinário, como a cistite são as infecções bacterianas mais comuns durante a gestação. É explicada, sobretudo, pelas alterações fisiológicas dessa fase, tais como, efeito hormonal, dilatação ureteral, diminuição da peristalse, refluxo vesicoureteral e compressão extrínseca do útero na bexiga. Cerca de 4% a 10% das gestantes têm bacteriúria assintomática e, destas, cerca de 20% a 60% terminam por desenvolver infecção do trato urinário posteriormente.
Além disso, 1% a 4% das gestantes desenvolvem infecção do trato urinário aguda pela primeira vez durante a gravidez.
Na gestante, devido à frequência de 20% de ITUr após a pielonefrite, recomenda-se o uso diário, noturno, de antibioticoprofilaxia com nitrofurantoina na dose de 100 mg/dia, até o parto. Este esquema terapêutico reduz em 95% a recorrência e deve ser acompanhado com uroculturas mensais.
Embora pouco frequente, cuidado deve ser tomado no uso da nitrofurantoina nas últimas semanas de gestação, em mulheres com deficiência da G6PD, pelo risco de anemia hemolítica.
Estudos demonstram que o uso de ácido ascórbico (vitamina C) na gestação, na dose de 100 mg, diminui a frequência de infecção do trato urinário recorrente em cerca de 25%. No Brasil, existem compostos polivitamínicos com essa dosagem.
Com relação ao Cranberry, ainda não existem estudos de segurança ou danos para a mãe ou o feto. Estudos demonstram que esse fitoterápico não tem efeito adverso na gestação, podendo ser utilizado na forma de comprimido ou suco nas mesmas doses das não gestantes.

Por que algumas mulheres têm cistite recorrente?

Seu corpo tem defesas para evitar que os germes (bactérias) causem cistite. O muco em torno da vagina e abertura da uretra é ligeiramente ácido, o que impede que as bactérias se multipliquem. Embora as bactérias possam prosperar na urina, você esvazia a bexiga regularmente quando urina. Além disso, as células que revestem a uretra e a bexiga têm alguma resistência contra as bactérias.
Na maioria dos casos, não há nenhuma razão aparente para que cistite retorne (repite). Normalmente não existem problemas com a bexiga ou com a defesa do sistema imunológico que possam ser identificados. É possível que haja uma ligeira alteração na capacidade do organismo para resistir a bactérias, que ao ficarem na bexiga causem infecção. Uma ligeira variação na defesa do organismo pode pender a balança a favor de bactérias, causando a infecção. (De um modo semelhante, algumas pessoas parecem mais propensas a resfriados, dores de garganta, etc.).

Ocorrência de cistite recorrente

Para algumas mulheres, uma das seguintes situações pode contribuir para a ocorrência de uma cistite recorrente:
- Problemas de bexiga ou rins podem levar a infecções mais facilmente;
- Por exemplo, pedras nos rins, ou condições que motive que a urina não drene corretamente. O seu médico pode implementar alguns testes, no caso de se suspeitar desta situação;
- Ter relações sexuais aumenta a chance de cistite em algumas mulheres;
- Hormonas. A vagina, bexiga e uretra respondem químicamente ao chamado estrogénio. Quando os níveis de estrogênio no corpo ficam reduzidos, os tecidos desses órgãos tornam-se mais finos, mais fracos e secos. Estas mudanças podem aumentar o risco de cistite recorrente no caso de você já tiver atravessado a mudança (menopausa). Cistite também é mais comum durante a gravidez por causa de mudanças no trato urinário.