Informação sobre cistite, causas, sintomas e tratamento da cistite, identificando formas de a diagnosticar e procedimentos para a sua cura.


Prevenção da cistite recorrente

A antibioticoprofilaxia é o método mais efetivo na prevenção das infecções do trato urinário inferior recorrentes. Consiste na administração de antibióticos em doses baixas, podendo ser feita de forma contínua ou pós-coito Na antibioticoterapia contínua, as opções mais comuns, com menores efeitos colaterais e pouco onerosas, incluem a nitrofurantoína, na dose de 100 mg/dia, seguida do cotrimoxazol (associação sulfametoxazol+trimetroprima) e de quinolonas.
A duração da profilaxia deve ser de, no mínimo, seis meses e uma urocultura deve ser solicitada ao término da terapêutica.
O sulfametoxazol+trimetroprima (SMTTRP), na dose de 400 mg + 80 mg/dia reduz efetivamente o risco de infecção do trato urinário em cinco anos. Entretanto, devido ao aumento da resistência bacteriana em até 70% na América Latina, esse fármaco deve ser reservado somente em pacientes reconhecidamente nãoalérgicas, e com a prevalência local da resistência em urina isolada menor que 15% a 20%.
A profilaxia pós-coito reduz a frequência de infecções do trato urinário inferior recorrentes por meio de dose única de antimicrobiano antes ou depois do coito.
Os antimicrobianos de escolha devem ser os mesmos da antibioticoprofilaxia contínua e indicados, sobretudo, nas pacientes em que a ocorrência da infecção do trato urinário está relacionada ao coito. Estudos mostram que este esquema é tão efetivo quanto o esquema contínuo, mas em doses menores9,10(B). Pode-se utilizar cotrimoxazol (400 mg + 80 mg), norfloxacino (200-400 mg), nitrofurantoína (50-100 mg) ou ciprofloxacino (125 mg). Contudo, deve-se preservar o uso de ciprofloxacino nessa indicação, considerando sua importância no tratamento de infecções sistêmicas graves, inclusive por Pseudomonas aeruginosa.